História #46 – Imã de Mulheres.

O amor platônico da minha infância foi uma menina chamada Lissandra. Até os galãs do terceiro colegial eram apaixonados pela Lissandra. Eu acho que eu fui apaixonado pela Lissandra por uns 10 anos. Da Lissandra eu não ganhei nem beijinho no rosto. Só um coração partido. 😞

Naquele momento eu falei para mim mesmo, “Essa vai ser a primeira e última vez que alguém vai partir o meu coração”. 🙂

Para dar a volta por cima, eu decidi pegar pesado, hehehe, eu decidi aprender a tocar violão.

Violão, o verdadeiro imã de mulheres.

Dito e feito.

TODAS AS MULHERES MAIS MARAVILHOSAS que eu conquistei na minha vida foi tocando violão.

Alguns aprendem a tocar violão porque querem se transformar no próximo Jimmy Hendrix. Eu comecei a tocar violão porque eu queria pegar a próxima Gisele Bunchen.

E peguei.

Vira e mexe aparece algum hater de plantão no instagram detonando o meu jeito de tocar violão quando eu faço stories tocando. Eles costumam dizer que eu toco mal prá caraio. Eu realmente não sou nenhum erudito da música. Mas já peguei mais mulheres na vida tocando violão popular que todos os eruditos somados.

Quando eu queria conquistar uma mulher eu sacava o violão e tocava uma meia dúzia de músicas do Legião Urbana. Em 15 minutos a menina largava o surfista bonitão, sentava do meu lado, e ainda pegava água para eu beber.

Quando eu era moleque eu tocava umas 500 músicas de cabeça. Todas as músicas do Legião, Raul Seixas, Paralamas, Lulu Santos, Engenheiros do Hawaii, Capital Inicial e muitos outros. Eu tocava a noite inteira sem parar. Eu era incansável.

Eu tocava na praia, no clube, nos churrascos, nas baladas, no cursinho.

Certa vez, no último dia de aula no Cursinho do Anglo, eu acabei com a aula do professor de química quando eu peguei o violão e comecei a tocar a música Química do Legião. Com 100 jovens cantando juntos, o professor desistiu de dar aula.

A empolgação era tanta que saímos da classe e fomos de classe em classe retirando todos os alunos das outras turmas enquanto eu andava com o violão tocando e cantando.

Você consegue imaginar a cena?

Tipo… centenas de alunos de oito diferentes classes do cursinho do Anglo reunidos no pátio do colégio todos ao meu redor enquanto eu tocava sem parar e todos cantavam músicas como QUE PAIS É ESSE?, FAROESTE CABOCLO, SOCIEDADE ALTERNATIVA e MALUCO BELEZA aos berros??

Pois tente imaginar.

Essa como todas as histórias que eu vou contar aqui são 100% VERDADEIRAS!!! Não tem nenhuma linha de ficção ou exagero nas minhas histórias.

Os invejosos e haters de plantão não vão suportar as minhas 50 histórias. Que venham os haters!!!

Naquela época eu tinha uma banda.

O nome e a proposta da banda eram incríveis. Mas não vou falar para vocês qual era o nome da banda porque um dia eu ainda vou voltar com essa banda e não quero que alguém se aproprie da minha idéia.

Eu fazia as músicas e as letras.

Que tipo de música eu tocava?

Jordanismo.

Parafraseando o grande Raul Seixas que sempre dizia que ele tocava Raulseixismo.

Quando eu tinha 16 anos nós ganhamos o FICO da Vergueiro. Duas das músicas que eu inscrevi no festival ficaram em primeiro e segundo lugar. A música campeã chamava-se PAISAGEM URBANA. Qualquer dia desses eu vou fazer um video para o You Tube tocando essa música. O FICO era o famoso Festival Interno de Música do Colégio Objetivo. Nos anos 80 o FICO era o máximo!

Outro momento antológico da minha carreira musical foi quando nós tocamos ANARQUIA dos Garotos Podres + Anarquia do Sex Pistols no Festival de Música do Anglo Latino na frente do Doutor Sérgio que fazia sinais para a gente parar de cantar e gritar ANARQUIA OI OI! ANARQUIA OI OI! ANARQUIA OI OI!!

Eu ainda pretendo voltar a tocar e formar uma nova banda para tocar as minhas músicas. Eu acredito que a história dessa nova banda será contada em uma das 50 histórias que eu vou escrever quando estiver prestes a completar 100 anos.

Enfim, todos os dias alguém me pergunta quando e como eu comecei a dar palestras.

Foi nessa época.

Foi tocando Legião Urbana e Raul Seixas para centenas de pessoas em diferentes situações com o objetivo de arrumar namorada que eu aprendi a falar em público.

Quando eu comecei a palestrar com 19 anos eu já estava totalmente confortável em subir em um palco e falar o que eu quisesse.

Modéstia a parte, o dia que você assistir eu palestrando ao vivo, você vai ficar surpreendido com o domínio PECULIAR que eu tenho no palco. Eu tenho um jeito jordânico de palestrar que ABSOLUTAMENTE NINGUÉM tem coragem de copiar.

E tudo começou com um violão.

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