Lições da Matrix.

“Matrix, ou a ignorância, é assistir TV…, ir ao trabalho…, ir a igreja…, pagar impostos…; uma vida sem questionamentos é uma vida presa à Matrix.”

A sua vida e tudo que você conhece são uma grande ilusão  criada por um big computador chamado Matrix.  McDonalds, iPods, Escolas, Igrejas, Praias, Mulheres, Carros Velozes, Sexo, os seus Amigos e  a sua Família, Salões de Beleza, CLT, Rede Globo, Internet, Férias etc, não passam de sofisticados programas de computador criados pela Matrix para fazer você levar uma vida sem questionamentos, passivo, distraído, dopado, alienado.

Estamos na verdade no ano de 2.199, e não 2008. Faz duzentos anos que uma grande guerra entre uma avançada tecnologia de inteligência artificial criada pelos homens transformou a raça humana em fonte de energia de computadores.  6 bilhões de pessoas estão aprisionadas em casulos, distribuídos entre grandes plantações de seres humanos. A raça humana não é mais concebida, somos cultivados.

Os seres humanos, aprisionados nos casulos, não demonstram a mínima vontade de acordar porque enquanto conectados a Matrix, são submetidos a sonhos (o mundo atual) que lhes preenche emocionalmente, espiritualmente e intelectualmente. No mundo criado pela Matrix não existe destino, não existe livre arbítrio, não existe amor verdadeiro, tudo é uma grande ilusão.

Afinal, o mundo de sonhos criado pela Matrix é na verdade um grande programa de computador onde tudo está programado para acontecer, tudo foi desenvolvido com o propósito de não ter propósito, tudo é um grande game, a là Age of Empires, bits e bytes,  zeros e uns, o indivíduo não controla nada, apesar de ter sempre a ilusão que controla algo, ou é controlado por alguma força espiritual.

Essa é a história por trás da fantástica trilogia de Matrix, filme lançado originalmente em 1999, e que arrebatou imediatamente uma quantidade enorme de fãs (como eu) e críticos ferrenhos às suas idéias espirituais malucas e efeitos especiais exagerados.

Você abandonaria a Matrix se soubesse que fora dela não tem Starbucks?

Você abandonaria a Matrix se soubesse que fora dela não tem Igreja?

Você abandonaria a Matrix se soubesse que fora dela não tem higiene?

Você abandonaria a Matrix se soubesse que fora dela não tem emprego?

É claro que não.

Quem escolheria trocar um mundo confortável e seguro, ainda que controlado por máquinas, para viver trancafiado no centro da Terra, sem Sol e sem Verde,  se esgueirando por boeiros e fugindo de rôbos sentinelas como se fosse um inseto de esgoto?

Bem, poucas pessoas, certo?

Todos os dias milhares de pessoas trocam de emprego, largam suas atuais posições e partem para a empresa “Novos Desafios”. Elas trocam salários medianos por melhores salários, empregos informais por carteira assinada, chefes imbecis por gerentes profissionais, empresas distantes por firmas locais. 

Essas pessoas, que fazem essa troca, realmente estão atrás de “novos desafios”, ou estariam atrás de “Novas Seguranças e Comodidades”?

Para mim, a  empresa “Novos Desafios” é um lugar onde ganha-se a metade do salário, possui-se a metade dos recursos, tem-se o dobro de responsabilidades,  o quáduplo de chances de quebrar, além de dez motivos porque talvez não dê certo. Isso que se chama “Novos Desafios”!

Na próxima vez que você escolher mudar de vida porque o emprego atual não te apresenta maiores desafios, você procurará uma empresa do tipo “Novas Seguranças ou Comodidades” ou a verdadeira “Novos Desafios”?

Você estaria saindo da Matrix ao trocar o marasmo pela segurança?

Você estaria saindo da Matrix ao trocar a complacência pela felicidade?

Eu acredito que não.

Matrix é um filme riquíssimo em referências e dezenas de conceitos filosóficos.  Eu poderia escrever um livro chato prá caramba sobre as diferentes leituras que é possível fazer sobre o que aparece no filme. Mas o ponto não é esse.  A presença de diferentes referências, a todo momento antagônicas,  tem uma única finalidade :  te dizer que a realidade não existe, a verdade não existe,  e se você quiser optar por ter uma visão mínima da realidade ou verdade, você deve optar por ter uma visão ampla e antagônica das coisas.

O filme alterna entre temas relacionados ao corpo e a mente, o racional e o emocional, o determinismo e a livre escolha, o consumo e o reaproveitamento, a tecnologia e a humanidade, a inteligência artificial e a inteligência humana, o controle e a liberdade, o objetivo e o subjetivo, o arcaico e o moderno.

Durante toda a trilogia, Morfeu e sua trupe têm  cabeça para hackear o mainframe da Matrix, construir e viver dentro de uma nave que paira no ar, mas se vestem com roupas arcaicas, atacam com armas comuns, e usam o telefone com disco e fio para entrar na Matrix.

Neo e Trinity, o Escolhido e a Mocinha do filme, lutam contra o racial das máquinas e o pragmatismo de programas de computador durante os três filmes da trilogia, mas é o Amor, de uma maneira inexplicável, que os ajuda a superar as adversidades, inclusive a morte de ambos.

O recado do filme é claro, se você quiser da Matrix, você tem que jogar e conhecer os dois lados de uma mesma moeda, NUNCA se apegar a apenas um único conceito ou filosofia, ouvir o quê vem da direita e o quê vem da esquerda, o quê desce do topo, e o quê sobe para o topo, sabe lidar com a burguesia e a favela, o samba e o rock.

Matrix significa Matriz, e tem relação direta com o conceito de matrizes matemáticas, aquelas tabelas com colunas verticais e linhas horizontais que interagem matematicamente entre si. Hoje, o conceito de matrizes foi além da matemática e é altamente explorado pelas grandes corporations para melhor organizar e distribuir os trabalhos e projetos.

Você já trabalha em uma empresa que tem organização matricial? Não? Não se preocupe, a Matrix vai te achar!

A empresa com organização matricial se dá bem por vários motivos. As decisões rolam mais rápido, o conhecimento se espalha velozmente, o poder desce a ladeira, a organização Matrix desce o porrete no velho e arcaico organograma que emburrece qualquer empresa que teima em continuar utilizando essa invenção de Napoleão Bonaparte;  na empresa matricial diferentes pessoas de diferentes locais passam a participar de projetos que antes não poderiam participar porque não se reportavam a determinada pessoa.

Por outro lado, o funcionário passa a ter vários chefes, e se tiver uma cabecinha limitada, fica perdido sobre quem é o seu verdadeiro chefe, quem deveria olhar pelo seu futuro, quem deveria fazer avaliação sobre o seu trabalho etc etc etc; os chefes, por sua vez, também entram em conflito sobre qual é o melhor uso a se fazer sobre determinado cidadão que ambos utilizam.

A Matrix prova-se uma coisa boa, mas prova-se também uma coisa  ruim. Você tem sempre duas escolhas a sua frente, a pílula vermelha e a pílula azul. Prove dos dois remédios. Se decidir continuar na Matrix, não tem problema,  boa sorte, é uma escolha de vida, talvez nem todos sejam como o Neo do filme, cheios de fibra, coragem e auto estima para lidar com a “Novos Desafios”.  Se decidir sair da Matrix, boa sorte, ninguém vai conseguir te dizer como a coisa vai terminar, apenas como vai começar.  Um mundo sem regras, sem fronteiras, sem controle, sem limites; um mundo onde tudo é possível. Onde você vai chegar? Você escolhe. O tempo todo.

Neo, o escolhido, não se vê inicialmente como o messias da história. Morfeu e Trinity acreditam em Neo muito mais do que ele mesmo acredita em si. Entretanto, uma pequena vitória aqui e outra ali são o suficiente para enchê-lo de confiança. Neo termina o primeiro filme destruindo Smith, o super agente da Matrix, e voando como o super homem e o messias que é. 

A história poderia morrer aí. Neo vence os agentes da Matrix, ponto final.

Mas não, o melhor que Matrix tem a ensinar ainda está por vir.  Inspirado por Neo, Smith renasce Livre e Desobediente.  Smith diz, “Depois de lutar com você, eu sabia o que tinha que fazer, mas eu não fiz. Eu fui compelido por você a desobedecer a Matrix. Você me inspirou a ser livre. Hoje eu não sou mais um agente da Matrix. Eu sou livre…., Mas por quê eu sou livre? Antes, como máquina, eu tinha um propósito, agora como um ser livre eu não tenho. Neo, qual é o meu propósito?”

E eis que surge o ensinamento supremo da trilogia, “Máquinas precisam de propósito para funcionar, Máquinas acreditam em destino, Máquinas acreditam em um controlador geral da nação que conecta todas as coisas, nada poderia funcionar por acaso;  Seres Humanos Livres não precisam de propósito para funcionar, nem amor, nem dinheiro, nem fama, nem nada, Seres Humanos Livres acreditam que fazer alguma coisa esperando outra como recompensa é errado, as pessoas deveriam fazer as coisas por livre escolha, sem propósito, sem segundas intenções, se houver um propósito por trás, a ação deixa de ser verdadeira, deixa de ser humana, torna-se máquina. “

A atitude livre de Neo enlouquece Smith que não consegue compreender como alguém pode funcionar sem um propósito.

Máquinas funcionam com propósito, e Seres Humanos sem propósito!!!???

EXATAMENTE!

Eu simplesmente escolho seguir em frente. E Você?

NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA!

QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?

26 comentários em “Lições da Matrix.

  1. Há uma contradição no final do texto. “Eu simplesmente escolho ir em frente” contradiz “Quebra tudo, é para isso que eu vim”. A segunda é uma declaração e intenções claramente baseada em valores (inconformismo, mudança)enquanto a primeira dá uma noção de falta de sentido. A intenção gera o comportamento e a intenção está quase sempre ligada a algo que se deseja e a valores que se tem.
    O humano pode agir sem sentido, é claro, pode até agir contra o que acredita (dissonância cognitiva), mas tudo isso tem consequências. O psicólogo Viktor Frankl achou o sentido num campo de concentração (leiam Em Busca de Sentido – uma bela leitura para o Natal)e o Maslow uma vez declarou : ” as únicas pessoas felizes que eu conheci eram aquelas que trabalhavam bem em algo que acreditavam ser importante”.
    Acredito em quebrar tudo, mas com humanidade.
    Abraços e Feliz Natal


  2. Achei a mesma coisa… o texto é muito contraditório… sem contar que é super-hiper-extra-mega-ultra VIAJANTE… o Jordão se superou nesse.
    ae…
    “Um mundo sem regras, sem fronteiras, sem controle, sem limites; um mundo onde tudo é possível. Onde você vai chegar? Você escolhe. O tempo todo.”
    Forçou com Força!
    “Máquinas funcionam com propósito, e Seres Humanos sem propósito!!!??? EXATAMENTE.”
    A Biz é Um MAQUINÃO… DUS GRANDES!!!
    Basta ler o Blog!
    AF
    pois é…

  3. Ambrosia,
    Porra!! O cara não pode “seguir em frente QUEBRANDO TUDO” ???
    Frankl, Maslow, dissonância cognitiva….
    Cala a boca e acorda pra realidade!!!
    GABRIEL, VOCÊ CRIOU UM MONSTRO!!!
    Abraço,
    Godoy
    é cada múmia que aparece por aqui…

  4. Roberto,
    Não é contraditório. Você apanha muito na vida e tem que seguir em frente.
    Santa Catarina é para mim o estado MAIS BONITO do país. Garopaba, Bombinhas, São Francisco do Sul, Blumenau, Tubarão, e acima de tudo Florianópolis são os lugares mais lindos do país. O povo é lindo por dentro e por fora.
    A tragédia que está rolando destrói o coração de qualquer um que já tenha passado por lá. Entretanto, eu tenho certeza que a experiência daqueles que estão vivos e podem ajudar aqueles que estão precisando vai construir um estado mais FORTE do que tudo.
    Temos que seguir em frente. Mesmo quando você vê tudo aquilo que você ama destruido.
    O “QUEBRA TUDO” do texto significa que você tem que seguir em frente, mesmo que os propósitos pela qual você vivia tenham sido destruídos, e você não saiba mais pelo quê está vivendo.
    Adriano, a BIZ não tem nada de maquinão. Te desafio a encontrar nas mais de 20 mil páginas do web site da BIZ qualquer teoria de business quadrada, formatada e que te aponta exatamente o que você tem que fazer para chegar a algum lugar.
    SER HUMANO, ou estar VIVO, é se mover com paixão, mas sem certeza de nada.
    Ricardo

  5. Esse é o melhor post.
    Com toda certeza.
    To até tonto…depois comento melhor..rs
    E não importa muito o propósito e não propósio encontrado em maquininhas ou maquinões.
    O que importa é CHOCAR!
    É mudar de rumo do nada e confundir todo mundo.
    Inclusive nós mesmos.
    falow.

  6. Não acredito que alguém ainda perca tempo com essas viagens do Jordão.
    Até porque o último que achou que o mundo era uma praia de nudismo teve uma caveira de pirata exposta no domínio de seus sonhos…
    Forte abraço,
    Gabriel Peixoto
    Quanta babaquice.


  7. RJ
    aqui… na vida real… não existe vida plena(independente) sem a Matrix… mesmo que vc queira discordar da Matrix vc precisa dela para viver… para discordar… ser sua tese para que haja síntese e o processo continue… vc precisa seguir padrões estabelecidos por ela, para obter o que vc necessita dela… vc precisa ter propósitos, mesmo que seja não ter propósitos… tudo é formatado e tudo é direcionando quando é exposto… toda apresentação(falada, escrita, …) gera uma influência, que gera uma consequência… e mesmo que vc não queira, “vc” limita… mesmo que “vc” não ache, “vc” determina…
    Romper com a Matrix… é perder um “norte”… ter 0,000001% dela.. é ter Ela!
    Vc precisa dela!
    ___________
    Sim Zaratustra… é necessário!
    “Aos trinta anos apartou-se Zaratustra da sua pátria e do lago da sua pátria, e foi-se até a montanha. Durante dez anos gozou por lá do seu espírito e da sua soledade sem se cansar. Variaram, porém, os seus sentimentos, e uma manhã, erguendo-se com a aurora, pôs-se em frente do sol e falou-lhe deste modo:
    “Grande astro! Que seria da tua felicidade se te faltassem aqueles a quem iluminas? Faz dez anos que te abeiras da minha caverna, e, sem mim, sem a minha águia e a minha serpente, haver-te-ias cansado da tua luz e deste caminho.
    Nós, porém, esperávamos-te todas as manhãs, tomávamos-te o supérfluo e bemdizíamos-te.
    Pois bem: já estou tão enfastiado da minha sabedoria, como a abelha que acumulasse demasiado mel. Necessito mãos que se estendam para mim.
    Quisera dar e repartir até que os sábios tornassem a gozar da sua loucura e os pobres da sua riqueza.
    Por isso devo descer às profundidades, como tu pela noite, astro exuberante de riqueza quando transpões o mar para levar a tua luz ao mundo inferior.
    Eu devo descer, como tu, segundo dizem os homens a quem me quero dirigir.
    Abençoa-me, pois, olho afável, que podes ver sem inveja até uma felicidade demasiado grande!
    Abençoa a taça que quer transbordar, para que dela manem as douradas águas, levando a todos os lábios o reflexo da tua alegria!
    Olha! Esta taça quer de novo esvaziar-se, e Zaratustra quer tornar a ser homem”.
    AF
    Citando novamente Miró: “precisamos ter os dois pés no chão para poder se lançar aos céus”

  8. (+)realitrix (Matrix) sonhotrix(-)
    È claro que nao é fição, ou melhor, na minha história nao existe fição ou realidade, existe apenas “HISTÒRIAS”.
    O atual mundo histórico que vivemos já aplica todas as lógicas que uma engenharia de fantasia humana é capaz de engendrar…
    Saiu o livro chamado cyberpunk, depois o RPG GURPS em seguida o filme sobre matrix, e agora chutando bem longe, lá prós 80 anos Afrente, vc vai ver os humanos vivendo modelos variantes de matrix criado pelas grandes insdustrias de games aliada com a rede cybertecnologica composta por( Nanotecnologia,neurociência, biotechnologia,bioinformatica,neurolinguagem, transhumanismo)
    Vou almoçar, e depois que ler esse post, posto outro, rs…
    MR.

  9. Parabêns Ricardo,
    bom… como diz o titulo “Lições da Matrix.”
    Muito bacana o sentido em que o Ricardo passou sobre o filme.
    banaca ele ter plantado as coisas boas que ele encontrou, agora fica aberta a colheita?
    Agora comentar “Quanta babaquice.”
    adicione algo de melhor, não jogue uma balde de agua fria em algo que alguém se esforçou para transmitir algo.

  10. Eu desconheço até agora alguém que encarne melhor o perfil do homem pós-moderno do que você Ricardo. É impressionante, mas todas as características que os estudiosos detectam na pós-modernidade se tornam discurso em seus textos.
    Analisar a pós-modernidade de dentro dela é como falar de um furacão estando no seu centro, o que conseguiríamos descrever com precisão? Por isso dizer que ser pós-moderno é bom ou ruim é impossível, afinal todos somos pós-modernos (mesmo que você não aceite). Mas falar que: “Se decidir sair da Matrix, boa sorte, ninguém vai conseguir te dizer como a coisa vai terminar, apenas como vai começar. Um mundo sem regras, sem fronteiras, sem controle, sem limites; um mundo onde tudo é possível. Onde você vai chegar? Você escolhe. O tempo todo.”, é utópico.
    Talvez um leitor que ainda não passou pelas aventuras da juventude possa vislumbrar essa possibilidade, mas eu tenho certeza que pessoas que já tem valores mais sólidos como uma família por exemplo, pessoas que dependem de você, que fazem a sua Matrix, sabem que isso é permanecer olhando para as sombras conforme “o mito da caverna”, ao invés de sair, isso faz voltar.
    A mensagem do Matrix, ou do “mito da caverna” que está por traz dele não inclui um mundo sem regras, afinal como seria possível viver sem regras, a Ética para isso? O mundo fora da Matrix ou fora da caverna é um lugar onde a liberdade é experimentada em sua realidade, com suas regras da realidade agora vivenciada, e não nas sombras.

  11. Oi Jordão
    Eu já apanhei muito em negócios, pode acreditar. Tenho 53 e nasci dentro de uma empresa familiar que continua saudável com clientes saudáveis desde 1927 quando foi fundada pela minha nonna. Já abri outros negócios e também participo de projetos de empreendedorismo na prática, não de forma acadêmica. Além disso trabalho como facilitador de treinamentos há 10 anos, o que me leva a estudar muito de psicologia, filosofia e sociologia.
    Já tenho idade [e maturidade]portanto para ouvir me chamarem de múmia e compreender.
    Santa Catarina não tem nada a ver com o contraditório nos seus textos e é claro que o povo de lá vai reconstruir aquilo mais lindo do que já era, porque o trabalho e a persistência são valores fundamentais das culturas alemã e italiana, que estão na base da criação daquela comunidade, porque “estamos vivos e vamos reconstruir” é o sentido [meta]imediato depois da destruição, mas essa é outra questão, é unanimidade e não contradição.Eu acredito que se possa destruir as pessoas mas não os propósitos. Aprendi isso dentro da minha família, dentro do meu negócio.
    Mas se quebra tudo = seguir em frente sugiro que vc passe a usar seguir em frente por que já já algumas pessoas com menos entendimento de seus textos vão começar a quebrar [de verdade] coisas em seu nome.
    Um grande abraço e obrigado a todos pelo debate. É difícil encontrar pessoas para se trocar idéias com profundidade atualmente.

  12. Gostaria de dar um conselho para as pessoas que leram e gostaram da visão Matricial da empresa, este é um conceito que vem sendo abordado com grande propriedade na Administração de Empresas, uma área cheia de regras, que analisa, conceitua e propões soluções reais e não abstratas.
    É curioso Ricardo, mas seus conceito “quebra-tudo” são iguais os do Chiavenato, só que você escreve em um estílo jovem, rebelde, escreve “no estilo 20 anos” como você diz, mas é a mesma coisa que ele escreve, só que ele é todo certinho e dá nome aos conceitos, este inclusive chama de “Desenho Orgânico”.
    Mas a grande diferença entre você e o Chiavenato não é o estilo da escrita, e nem a nomenclatura de conceitos, é uma definição que você não usa na sua leitura do mundo, a que o estilo matricial ou “orgãnico” não funciona em todas as empresas, mas é adequado para ambientes mutáveis, dinâmicos e de tecnologia de ponta, sabe o que isso quer dizer, ai na Arm Rebel, essa sua postura vai garantir que sua empresa seja um sucesso, mas se você fosse abrir um negócio onde o perfil do seu colaborador não fosse este, a possibilidade do sucesso seria pequena.

  13. E eu, dentro dos meus 29 anos vividos me pergunto: qual o problema de querer melhorar? ganhar mais? A impressão que dá é que devemos sentir culpa por isso. A grande questão é o falar “Novos Desafios?”
    Eu quero o mundo corporativo, quero trabalhar em grandes empresas, quero ganhar dinheiro, ou será que não é Desafio se superar dentro de uma empresa e fazer carreira? Eu sou capitalista, eu quero ganhar bem, quero viajar, quero oferecer uma vida ótima e próspera para meu filho…
    Só acho que não devemos confundir ‘desejo’ e ‘felicidade’ e nem conseguir tudo a qualquer preço, do resto…cai dentro e UMA maneira de conseguir isso é “quebrando tudo”…

  14. Jordão,
    Você é um Tim Tones corporativo. E o pior é que em pleno século XXI ainda existem “incautos” que acreditam nestas suas asneiras*.
    Forte abraço,
    Gabriel Peixoto
    * ou fingem acreditar.

  15. Tudo muito bom, tudo muito bem mas… Tá quase impossível abrir este blog.
    Forte abraço,
    Gabriel Peixoto
    santo de casa, espeto de pau.

  16. Gabriel,
    Pelo amor de Deus, fala alguma coisa!!!
    “Eu desconheço até agora alguém que encarne melhor o perfil do homem pós-moderno do que você Ricardo. É impressionante, mas todas as características que os estudiosos detectam na pós-modernidade se tornam discurso em seus textos.”
    Depois eu que sou puxa-saco…
    Godoy,
    me sentindo dentro do desenho dos Teletubbies (2 deles fumando maconha…)

  17. Concordo com o Pedro.
    O estilo QUEBRA-TUDO de gestão do Ricardo é vibrante, criativo, ousado e estimulante,às vezes contraditório e até incompreensível. E como todos os outros estilos e filosofias existentes não serve para todos os tipos de empresas, nem para todas as pessoas.
    Em minha opinião as culturas das empresas são em grande parte um reflexo da personalidade de quem as dirige e principalmente de seus fundadores. Por isso, dependendo da cultura, do mercado, do perfil dos funcionários e dos clientes este estilo do Ricardo pode se encaixar ou não.
    Eu procuro manter a mente aberta para aprender coisas novas, que me façam pensar e repensar meus conceitos, para só depois aplicar “o que serve para mim e para a cultura da minha empresa”.
    “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém”.
    As vezes QUEBRAR TUDO não me convém!
    Abraço,
    Rogers Pereira
    “….A Justiça Econômica pode ser melhor obtida por homens livres, através da livre iniciativa.” JCI DECLARATION OF PRINCIPLES

  18. Quando eu vi o primeiro filme, eu fiquei um pouco achando isso mesmo que o Ricardo escreve. Mas depois, eu só tava achando legal as novidades tecnológicas do filme, imitadas em muitos outro títulos.
    Eu acho que realmente esse tema CEOHollywood não esta com nada. Não tem nada de revolucionário, parece mais um livreto de comentárista de cinema. É melhor assistir ao Roni Von.
    Em filmes deste tipo, assim como quase tudo em Hollywood, não se preocupam em construir nada, ou formar uma visão objetiva, se formam é muito deformada. E caso se continue nessa, de tentar encontrar pontas de realidade para o mundo dos negócios nos enredos desses filmes, a contradição e a destruição do seus principais valores acontecerá.
    Esses filmes visam bilheteria, nada mais. Você paga, se diverte e tem obrigatóriamente que voltar para a realidade.
    Você perde a realidade. Esta se vendo nos personagens, imbecis, criados para te iludir. Isso fara com que você perca as suas batalhas diárias. E logo estar derrotado.
    Um conselho do meu saudoso pai: Desliga essa merda e vai trabalhar, faz algo que eu possa ver ainda hoje antes de eu ir dormir. Algo que seja real.
    Toni.Bili
    Toni.Bili

  19. Pessoal, o texto do Ricardo sobre a Matrix é bem legal, perdão Ricardo mas achei bem motivacional (sei que você não acha isso).
    Motivacional, porquê, quem gosta de filosofia provavelmente já leu sobre Hegel “Teoria da Realidade”, Kant “Critica da Razão Pura”, Husserl “Idéias para uma Fenomenologia Pura” e Schopenhauer “O mundo como vontade e representação”.
    Não irei fazer uma explicação dos textos dos filósofos (exegese), mas explicarei em linhas gerais.
    Schopenhauer, disse “…todas as nossas convicções são subjetivas, não existe objetividade…”
    SER Humano é ser subjetivo.
    Husserl, disse “… coloque o mundo entre parenteses… abra mão de qualquer juízo, para que se construa seu mundo…”
    SER Humano é ser capaz de criar seu mundo.
    Kant, disse “… somente a mente pode analisar a si mesma. Somente a razão pode fundar a razão…”
    SER Humano é ser capaz de criticar a si mesmo, discutir consigo e perder.
    Hegel em 1800 inventa a Matrix com a afirmação “A existência é, em parte, aparição e somente em parte realidade…”
    Minha conclusão sobre o texto do Jordão é que o ato de escolher sair da Matrix é entrar em outra Matrix.
    Toda anarquia estabelecida é em si construtora de outra organização.
    A criação do caos surge a partir do equilibrio. Ser equilibrado é uma demonstração de caos. – Teoria Quantica
    O Fato de não ter propósito não faz do Smith um SER Humano, apenas o faz ser um software não-determinístico.
    Quem se lembra do Neo e o arquiteto na sala de duas portas? Qualquer uma que ele escolhesse o arquiteto já saberia sua resposta. O fato de não ter propósito apenas serve para descaracterizar as leis morais regentes, não é um parametro de realidade.
    Não ter um propósito já é em si um propósito.
    “Eu simplesmente escolho seguir em frente.”
    propósito
    [Do lat. propositu.]
    Substantivo masculino.
    1.Algo que se pretende fazer ou conseguir; intenção, intento, projeto.
    Jordão, escolher seguir em frente já não é um propósito?
    SER Humano não é escolher, e sim, determinar.
    Pessoal, para mim a resposta não é sair da Matrix. A resposta é determinar como é a sua Matrix.
    Pois segundo o Jordão.
    “Você abandonaria a Matrix se soubesse que fora dela não tem [Coloque o que gosta]?”
    Minha pergunta é…
    “Você entraria na Matrix se soubesse que dentro dela tem [Coloque o que você não gosta]?”

  20. Godoy, é o seguinte: NA MINHA OPINIÃO SER CHAMADO DE HOMEM PÓS-MODERNO NÃO É ELOGIO NÃO…Pós-Modernidade amigo, infelizmente, é o começo do fim…

  21. Eu tive um entendimento diferente do filme.
    Neo só acreditou que era o ‘The One’ no último segundo, quando Trinity o traz de volta e ele passa a ver a construção da matrix e assim podendo interferir nos seus processos lógicos… até então ele fez o que fez para salvar a vida de Morpheu.
    O oráculo (achei que faltou a figura dele no Hollywood CEO) disse ao Neo que ele não era o escolhido, apesar de saber que era… ela disse o que ele precisava ouvir, dando condições a ele de continuar seu destino, salvando a vida do Morpheu.
    O Agente Smith tinha sim um objetivo!!! O objetivo do Smith era pura e simplesmente destruir o Neo e faria de tudo até conseguir.
    Uma vez que Neo entendeu o razão de vida/existencia do Smith ele se deixa matar e assim cumpre seu destino…
    Neo morre e em seguida o Smith percebe que havia sido vitorioso em seu propósito de vida (eliminara Neo), ele próprio não possuia mais razão de existencia e também morre!!!
    O Smith transformaria o mundo real e a matrix nele próprio, e somente por isto que a matrix se alia a Neo na luta contra Smith.

  22. Aulinha básica de História:
    – Modernidade: Revolução Industrial;
    – Pós-Modernidade: Final do Século XX e Início do Século XXI;
    – Contemporaneidade: A partir de 2002.
    Tendeu??
    Att..
    Enrico Cardoso.
    O começo do fim inicia-se no momento de nosso nascimento!

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